sexta-feira, 16 de maio de 2008

Apresentação final!!


Na próxima Terça-feira, pelas 20 horas, decorrerá no auditório da Escola Secundária de Felgueiras a apresentação final do projecto intitulado como:

"O Indivíduo Violento chamado Ser Humano".



Não percam!

domingo, 11 de maio de 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Violência nos idosos...

Estudos recentes revelam que o fenómeno da violência contra as pessoas idosas está a aumentar em Portugal. Num primeiro plano, esta problemática relaciona-se com a condição do idoso na sociedade actual. Nas sociedades contemporâneas há uma certa desvalorização da experiência e sabedoria dos mais velhos como reflexo de uma crescente perda da tradição e dos valores morais.
O estatuto social do idoso está fragilizado e os estigmas sobre a velhice ameaçam transformar o idoso num ser descartável. O próprio idoso, por pressão do estigma, sente-se muitas vezes ultrapassado, acha que já teve a sua época e que agora não serve para mais nada. A negação social do direito à existência é uma das mais graves formas de violência e é perpetrada pelo próprio idoso em relação a si mesmo e pela sociedade.
Quando se fala em violência contra o idoso muitas pessoas pensam logo em espancamentos, torturas, privações e aprisionamento (que infelizmente são comuns), mas para além destas existem muitas outras situações de violência que são complexas, de difícil diagnóstico e prevenção.
Os agressores mais frequentes dos idosos são os seus cuidadores, muitas vezes, familiares próximos. Na grande maioria dos casos o agressor é o companheiro(a) ou os seus próprios filhos.
São variadíssimas as formas de violência a que o idoso dependente está sujeito: maus tratos e abusos físicos, maus tratos psicológicos, negligência por abandono, negligência medicamentosa ou de cuidados de saúde, abuso sexual, abuso material e financeiro, privação e violação de direitos humanos.

Bullying NÃO...

Bem longe do Mundo
Um pensamento me afrontou
Luto só contra ele
Longe de todos aqueles
"Young people desperate"
Imaginando que mais...
Ninguém me socorria
Gritei aos ventos e...
Ninguém me ouvia!!
Amanhã não estarei cá
O desespero me agonia.


(Pensa que no fundo do tunel obscuro existe sempre a luz dos teus olhos para te guiar na escuridão desconhecida.)

domingo, 20 de abril de 2008

O que é o "Carjacking"?

O roubo de carros na estrada com ameaça de armas de fogo, o "carjacking", nasceu nos Estados Unidos – e, há cerca de dez anos, a moda começou a pegar em Portugal. Em 2004, a Polícia Judiciária registou na Grande Lisboa 178 crimes deste género.
O "carjacking" não é um simples roubo de um carro. O crime pressupõe que o assaltante permaneça na posse do automóvel durante algum tempo. Assim, as estatísticas da PJ referentes a este crime afastam logo todos os casos em que os carros são usados, apenas, para obrigar a vítima a fazer um levantamento de uma caixa de multibanco, por exemplo. Nas estatísticas entram todos os casos de roubos violentos de carros, em que o assaltante usa o automóvel para proveito próprio. Nos casos mais comuns, os assaltantes aproveitam o momento em que os condutores estão parados nos semáforos – ou, então, no momento em que estacionam ou manobram os carros. Os crimes são sempre cometidos por dois ou três assaltantes que utilizam um carro de apoio para fugirem “caso os planos corram mal”.
“Normalmente, estes assaltantes juntam-se em grupos regeneráveis para fazer as chamadas razias. Vão buscar armas, que guardam longe das suas habitações, roubam um carro, depois um posto de combustível, depois outro carro. Tudo numa noite”, disse. O motivo é só um: a adrenalina, “o sentimento de posse”.
“Num local isolado, aponta a arma ao proprietário e obriga-o a abandonar a viatura”, diz. Depois é só mudar a matrícula e esperar pela próxima inspecção – o único local onde se confirma se a matrícula pertence ou não ao automóvel.
JOVENS EXTREMAMENTE VIOLENTOS
O crime de "carjacking" é normalmente praticado com extrema violência e os assaltantes correspondem a um perfil traçado pelas autoridades. São jovens, actuam em grupos pequenos, utilizam armas de fogo, procuram mulheres e evitam carros com mudanças automáticas. Têm habitualmente entre os 20 e os 25 anos, não são toxicodependentes e partilham a cultura suburbana dos bairros problemáticos onde vivem, nas grandes cidades. Violentos por natureza, não têm problemas em abrir fogo contra a vítima, se esta ousar resistir.Normalmente, actuam em grupos de dois ou três elementos, facilmente substituídos por novos recrutas sempre que alguns são detidos. Numa noite, chegam a atacar vários condutores – e, para tal, fazem-se acompanhar de pistolas de calibre 6,35 mm, ou caçadeiras de canos serrados. Procuram carros com um único ocupante, de preferência mulheres ou idosos, e preferem veículos com mudanças manuais – aquelas a que estão mais habituados.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Violência nas escolas...

"Pelo menos 10 alunos por dia foram vítimas de um crime em meio escolar, no ano lectivo passado. A grande maioria são rapazes e têm menos de 15 anos. Do outro lado dos delitos estão os «criminosos» em número ligeiramente inferior. Também eles são, em grande maioria, rapazes com menos de 15 anos. Adolescentes que praticam ou sofrem furtos, roubos e agressões, os crimes mais comuns nas escolas.

Os dados da PSP relativamente ao programa Escola Segura, ano lectivo 2006/2007, revelam que os crimes de furto têm um peso 32 por cento, no total das ocorrências registadas, as agressões representam 24 por cento da criminalidade participada e os roubos 14 por cento.
Ou seja, se tivermos em conta que no ano lectivo 2006/2007 teve cerca de 200 dias de aulas, denotamos durante os períodos escolares há registo de pelos menos cinco furtos nas escolas (927 casos, mais 17 por cento), dois roubos (415 ocorrências, menos 27 por cento) e três casos de agressões (710 registos, mais oito por cento), segundo as estatísticas da PSP. No total, 2007 alunos foram vítimas de crimes e 1888 jovens foram classificados como suspeitos de delitos.

Os alunos são as grandes vítimas e protagonistas da violência escolar, no entanto, esta também chega aos professores, como foi visionado no vídeo registado na escola Carolina Michaelis. No ano passado, 281 professores e 153 funcionários foram vítimas de crimes em meio escolar."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Escola – Fonte de Conhecimento ou Campo de Batalha?

A escola devia ser uma fonte de conhecimento, um local de aprendizagem importantíssimo no futuro da nossa sociedade, já que os jovens de agora serão os adultos do futuro!
Ultimamente, as notícias divulgadas na comunicação social têm-nos mostrado o “lado negro” das escolas. Estarão as escolas a transformar-se num “campo de batalha”?

O famoso “caso do telemóvel” serviu para lançar o debate sobre os casos de violência que ocorrem nas escolas, pareciam estar esquecidos. Quando pensamos em violência nas escolas temos tendência a associar a situações de violência entre alunos, contudo, depois de casos como estes, podemos e devemos alargar este conceito.
Inúmeros professores são sujeitos a agressões físicas e verbais, sem que a autoridade que lhes é concedida, dentro da sala de aula, seja suficiente para o impedir.
A sala de aula deve ser um local de aprendizagem, sendo para isso essencial uma relação de mútuo respeito entre aluno e professor. Quando esta relação é quebrada é muito fácil culpar o aluno, mas será ele o verdadeiro culpado?

Para a maior parte das pessoas que tomam conhecimento de notícias sobre a violência nas escolas o mais fácil é dizer: "a juventude está perdida e não tem emenda”. Este é um discurso muito antigo e muito conveniente para quem não quer sequer pensar na origem desta violência.

Antes de culpar quem quer que seja, temos de pensar que as atitudes dos adolescentes são puros reflexos da educação que recebem. Assim sendo, para acabar com esta realidade não basta o esforço das escolas, é também necessário que todas as famílias se empenhem. Talvez a cooperação seja a fórmula de sucesso de uma melhor educação para os nossos jovens e consequentemente para uma melhor sociedade: uma SOCIEDADE MENOS VIOLENTA!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Um apanhado do 2º Período...


NÃO FAÇAS DA VIOLÊNCIA O TEU MODO DE VIDA!!!

sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher


Um dia por todas as mulheres do mundo!

domingo, 2 de março de 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Existe uma Conexão entre Crueldade contra Animais e Violência Humana?

"Quase um quarto de todos os casos de crueldade contra animais proposital, envolve alguma forma de violência familiar. Violência doméstica foi a forma mais reportada, seguida por abusos contra crianças e pessoas idosas.21% dos casos de crueldade contra animais intencional também envolvem alguma forma de violência familiar.13% envolvem violência doméstica. Nesses caso, o culpado abusa do parceiro, forçando a vítima a testemunhar atos de crueldade contra animais.7% diz respeito a abusos contra criancas. Nesses caso o culpado abusa de suas crianças e (ou) força a vítima a testemunhar actos de crueldade contra animais.1% envolve abuso de idosos. Nesses casos, o culpado abusa do idoso e ou força a vítima a testemunhar actos de crueldade contra animais.

Quem são as vitimas?
Animais de companhia são os alvos mais frequentes de crueldade, principalmente os cães ( 76% de todos os animais de companhia) que são comumente mais relatados que casos de crueldade contra gatos (19% de todos os animais de estimação). Esse número baixo de incidências, não corresponde ao que dizem os que trabalham na causa e isso sugere que o público, a mídia e os reforços das Leis, parecem dar menos importância para casos de crueldade contra gatos, que para casos que envolvem crueldade contra cães.
O que se segue é uma análise dos animais vítimas de crueldade neste estudo: 76% dos casos envolvem animais de companhia.12% dos casos envolvem animais de fazendas.7% dos casos envolvem animais selvagens.5% dos casos envolvem múltiplos tipos de animais.


Que tipo de crueldade é cometida contra animais?
Mais de 57% dos casos revistos foram caracterizados como abuso intencional ou tortura, 31% envolvem negligência extrema, incluindo deixar o animal passar fome e sem cuidados b·sicos, e 12% envolvem ambos, negligência e crueldade direta.
Nos casos de crueldade contra animais intencional, as ofensas mais comuns são tiros, espancamento, arremesso do animal e (ou) mutilação.
33% dos caso envolvem tiros14% dos casos envolvem espancamento8% dos casos envolvem arremesso do animal8% dos casos envolvem mutilação6% dos casos envolvem queimaduras6% dos casos envolvem envenenamento5% dos casos envolvem facadas4% dos casos envolvem rinhas4% dos casos envolvem chutes2% dos casos envolvem sexual abuso contra animais2% dos casos envolvem afogamento2% dos casos envolvem enforcamento6% dos casos envolvem outras formas de violência intencional


Quantos animais são afectados?
Fica impossível dizer quantos animais sofrem ou estão em risco de serem vítimas de crueldade, porque no momento não há no País um sistema de reforço de leis ou mesmo entidades pra monitorar todos os casos. Entretanto, no exemplo dos casos revistos nessa pesquisa, uma média de 3.4 animais foram vitimizados em casos de negligência.NA maioria (63%) os animais foram mortos ou tiveram que ser sacrificados devido ao resultado de seus ferimentos.
O relatório da HSUS corrobora com a mais recente pesquisa sobre a conexão entre crueldade contra animais e violência humana.
Apesar de ser este o primeiro estudo nacional para analisar a prevalência de violência humana em casos de crueldade contra animais, nas últimas duas décadas psicólogos, sociólogos e criminilogistas têm conduzido diversos estudos para examinar a extensão de casos de cruedade contra animais em casos de violência em família. Interesse antigo na conexão entre crueldade contra animais e violência humana foi inspirado por casos contados pelo povo, compilados pelo FBI e outras agências criminalistas ligando assassinos seriais, estupradores seriais e assassinos estupradores a atos de crueldade contra animais antes da idade de 25 anos. Muitos desses casos, incluindo reportagem onde houve alegação de maus tratos a animais por David Berkowitz e Jeffrey Dahmer, têm sido amplamente divulgados pela mídia e trazido conscientização do público sobre a conexão entre violência humana e violência contra animais. Entretanto, recentes estudos e pesquisas constatando a incidência de crueldade contra animais onde h· casos de violência familiar, nos provê com evidências mais concretas.
Em 1995 pesquisadores entrevistaram uma pequena amostra de vítimas de violência doméstica que procuravam abrigo em Utah e descobriram que 71 % das que tinham animais de estimação receberam ameaças de seus agressores maltratarem ou matarem os animais da família. Estudos mais completos em 1997 e 2000, nos EUA e Canada, corroboraram essas descobertas e examinaram o efeito que essas ameaças têm no sentido de evitar que a vítima saia dessa relação familiar abusiva. Pesquisas relacionadas a esses estudos revelam que mais de 20% das vítimas de violência doméstica afirmam terem adiado sair de uma relação afetiva abusiva, temendo a segurança dos animais de estimação. Em resposta a essa constatação, associações de bem estar animal começaram a fazer parcerias com as agências que atendem casos de violência doméstica, no sentido de desenvolver programas que propiciam abrigo emergencial tempor·rio para os animais de estimação de vítimas de violência doméstica."

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dia Europeu da Vítima do Crime

«A vantagem dos “dias de“ é que ao menos nesse dia se fala do assunto em questão… Porque de resto como há um dia de qualquer coisa todos os dias do ano já se liga pouco a isso, e tirando o Dia do Trabalhador ou o Dia da Mãe, a maioria dos outros são “invenções modernas”. Mas terá alguma importância de vez em quando parar-se para se pensar em determinados assuntos.

Hoje, o tema de reflexão será a vítima de um crime e reconhece-se o que já se sabia, a Violência Doméstica é onde se encontram mais crimes. O que é lamentável, apesar de também se “saber”, é a falta de confiança que estas vítimas têm em quem tinha a obrigação de as proteger. A APAV afirma que seis em cada dez pessoas que no ano passado lhe pediram ajuda, acabaram por não avançar com uma queixa na polícia. Ora isto refere-se a pessoas que, apesar de tudo, se dirigiram à APAV, ou seja que conseguiram ir desabafar com alguém de fora e estranho. Para se avaliar o iceberg, devemos pensar em todas as pessoas que foram, sofridamente, aceitando a sua situação sem sequer ter coragem de se ir queixar a uma associação.

O problema é ainda muito grave.O que leva uma pessoa a agredir, quer física quer psicologicamente, os que lhe estão mais próximos e que deveria amar? Ou, no caso do os deixar de amar, então porque não se vai embora? A velha ideia da relação amor-ódio pode existir certamente mas é patológica, não devia ser aceite como inevitável, é caso para tratamento…»
Emiéle

Não direi que hoje se comemora este acontecimento. Prefiro dizer que se dedica o dia de hoje a reflectir sobre este assunto.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Quando o "melhor amigo" é abandonado

Primeiro nasce, mas mesmo antes de acontecer já todos estão eufóricos com a chegada de mais um "coisinha fofinha". Depois separam-no da mãe, "Já é suficientemente grande para sobreviver sozinho", pensam.
Contudo, espera ansioso que a nova família goste dele e o trate bem, tal como a sua mãe. Na verdade é isto que acontece. Ele brinca com as crianças, as quais gosta de pensar que são os seus "irmãozinhos", sim porque não teve tempo de conhecer os seus verdadeios irmãos!
Batem-lhe quando faz as necessidades dentro de casa, porque já não aguenta mais e também porque nunca lhe ensinaram que não o devia fazer, no entanto continua a sentir o calor de ter um lar, de se sentir protegido e seguro. Sente-se feliz. Pensa que faz tudo direitinho e por isso vão sempre gostar dele.
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Mas ele cresce. Cresce mais rápido do que a sua "família" poderia pensar e é aí que as coisas mudam de aspecto. Acorrentam-no. Agora quase não se pode movimentar, mal consegue procurar um raio de sol ou abrigar-se à sombra quando o calor é muito. Dizem-lhe que é um ingrato e que vão estar de olho nele. Não entende o que está a acontecer.
Já nada é como dantes, sente-se só e que a "família" já não o quer. Esquecem-se de lhe dar de comer e beber e quando chove não tem onde se abrigar.
Mais tarde, cansados abandonam-no. Sente-se angustiado e continua a não perceber o que se está a passar.
Contudo não desiste, tenta encontrar o caminho para casa mas não encontra. Sente-se perdido.
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Agora vagueia pelas ruas. As pessoas olham-no com tristeza e por vezes dão-lhe algo para comer. Na verdade o que ele queria era que o adoptassem, mas apenas murmuram "Deve ter-se perdido, coitadinho" ou então "Não te aproximes dele".
Quando vê crianças lembra-se dos seus "irmãozinhos", da sua família adoptiva... Mas estes atiram-lhe pedras, gozam-no...
As coisas mudaram. Quando era bonito as pessoas tinham compaixão por ele; agora que está fraco e o seu aspecto mudou, as pessoas desprezam-no.
Quase não se mexe. Foi atropelado, a dor é terrível, praticamente insupurtável. Há 10 dias que não come nem bebe, anda à chuva e ao frio; já quase não vive, apenas sobrevive.
No entanto alguém amigo e com coração pega nele e procura tratá-lo, mas não há nada a fazer "É melhor que pare de sofrer. Cheguei tarde demais."

Mas mesmo antes de morrer pensa: Porque nasci, se ninguém me queria?

É importante abrir as consciências e acabar com os maus tratos nos animais, nomeadamente com o abandono de cães e gatos. Não abonone o seu "melhor amigo" porque se ele é para si um bom amigo, acredite que para ele você é muito mais.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

As causas da violência...

"Não nos iludamos. As raízes da violência não se podem explicar unicamente por causas de tipo circunstancial. A questão é muito mais profunda.
Uma das maiores dificuldades na tarefa de combater a violência no mundo é interpretá-la mal, pelo menos no que toca às suas causas profundas.

Não há paz sem justiça. Este é um mote do qual um número crescente de pessoas no mundo vai tomando consciência. É verdade que "casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Um país onde os contrastes sociais sejam chocantes, onde as oportunidades sejam desiguais, onde os governantes não tenham qualquer espécie de sensibilidade social, onde a corrupção grassa desde baixo até ao topo da hierarquia social, tem todas as condições para se tornar num barril de pólvora.

Mas esta interpretação, só por si, é muito curta para nos ajudar a compreender as causas da violência em que o mundo está mergulhado.

Já existe em Portugal um verdadeiro problema de violência doméstica mesmo nos escalões sociais mais elevados, só que fica abafado e a maior parte das vezes não chega ao conhecimento público.

Ora aqui não se trata de falta de emprego, de dificuldades financeiras ou de racismo, de incapacidade em satisfazer as necessidades básicas, ou de falta de condições para um modo de vida minimamente digno, antes pelo contrário.

A verdade é que o problema da violência, antes de se tornar uma questão social é uma questão intrínseca ao indivíduo. As razões de ordem emocional, mental, psicológica e até espiritual vêm antes do social e até o condicionam de certa forma.

As guerras e conflitos armados, a violência na família, nas escolas ou nas ruas, antes de se poder interpretar como uma espécie de catarse do indivíduo face aos problemas da sobrevivência e da luta pela dignidade humana, e à sensação de se ser alvo de injustiça, é acima de tudo uma manifestação da pessoa desajustada, tanto do ponto de vista psicológico como espiritual.
"

Brissos Lino

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"O Casal do Ano"

"O Casal do Ano" conta a história secreta de um casal famoso que, por detrás da sua vida "perfeita" de capas de revista, esconde uma doentia relação de violência doméstica. Quando o irmão do marido abusador, que nutre uma paixão secreta pela cunhada, se apercebe da negra realidade e decide tentar fazer alguma coisa, vai descobrir o significado da expressão "entre marido e mulher não se mete a colher".
Pedro e Susana são eleitos "o casal do ano" por uma revista cor-de-rosa. Ele é um cirurgião plástico célebre e ela dedica-se a causas de caridade. Quando ficam sozinhos, Pedro agarra a mulher violentamente pelos cabelos e fecha-a numa divisão vazia da cave onde Susana permanece toda a noite.
Francisco, irmão de Pedro, regressa a Portugal de um mestrado nos EUA. Enquanto Francisco está por perto, Pedro tem de fazer um esforço para manter a fachada de marido dedicado e bom irmão, mas subtilmente vai fazendo tudo para arranjar trabalho e casa para ele sair dali.
Francisco nutre uma antiga paixão secreta por Susana. Aos poucos, Francisco começa a aperceber-se da violência doméstica que Susana anos e decide intervir, revelando o amor que sente por ela.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O nosso vídeo...

Este é o vídeo que nos permite descrever o nosso projecto, sensibilizando a comunidade para a importância de matermos a nossa dignidade.
Que possamos viver em plena harmonia connosco mesmos e com os que nos rodeiam!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Diz NÃO À VIOLÊNCIA!

"A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora."
(Benedetto)

Se um dia as portas do destino se fecharem, ou se um dia alguém me disser que não, é claro que ficarei zangada, frustada e até mesmo revoltada. Mas isto será motivo para acabar com tudo da forma mais drástica que há? Do modo que mais magoa alguém? Uns pensarão de imediato que sim, e na hora também eu poderei pensar que este seria o caminho mais fácil. Mas porquê percorrer o caminho mais fácil se este que se pode tornar o mais difícil?

É com estes "caminhos mais fáceis" que queremos acabar, porque ir pelo difícil é o que nos faz crescer e perceber que o fácil nem sempre é o correcto. Por isto e por tudo aquilo que diaramente vemos a destruir o nosso mundo e as pessoas que nelem vivem digam NÃO À VIOLÊNCIA e a toda esta "facilidade" que nos destroí o coração e nos deixa num grande sofrimento.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Dia da não-Violência

Hoje, dia 30 de Janeiro, é o dia da não-Violência. Para assinalar esta data, o nosso grupo de trabalho irá exibir amanhã durante a tarde, no auditório da Escola Secundária de Felgueiras, o filme "Basta" que retrata a crueldade da violência.
Também estará à venda o nosso jornal, com várias notícias sobre casos reais de maus-tratos da região e com artigos de alunos acerca do tema. O dinheiro angariado vai contribuir para a Cercifel, instituição que já outro grupo de trabalho de Área de Projecto tem vindo a ajudar.

NÃO À VIOLÊNCIA!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

"Casos da Vida"

No passado dia 20 de Janeiro, estreou na TVI uma nova série que abrange casos da vida real. O primeiro episódio focou também a temática do nosso projecto, a violência. Não poderíamos deixar de focar esse aspecto, desta forma, apresentamos um breve resumo e pequenas partes do episódio "Noivas de Maio".


As "Noivas de Maio" conta a história de Marta, Joana e Vera, cada uma vivendo o seu próprio drama, numa história onde os caminhos de todas se vão cruzar. Entre estas mulheres, com relacionamentos cada vez mais distantes, há um elemento que as une: os vestidos de noiva. No início desta história, Victória, Alice e Diana não se conhecem, mas os vestidos de noiva farão com que a suas vidas se cruzem, alterando de forma decisiva o destino de cada uma.

Entre estas mulheres, Alice vive há cerca de 10 anos com Tó, seu primeiro e único namorado. Como a família de Alice era contra o namoro, a jovem e o namorado fugiram para Lisboa e começaram uma vida juntos sem nunca chegar a casar, mesmo sendo este o maior sonho de Alice. Com o passar dos anos, este relacionamento foi piorando sobretudo devido ao temperamento violento e aos ciúmes de Tó. Alice acabou por se tornar numa mulher cada vez mais só, triste e com nódoas negras. O seu único momento de felicidade é quando sonha em tornar-se noiva indo até experimentar vestidos de noiva às escondidas de Tó. No fundo, Alice ainda acredita que um dia vai conhecer um homem que a peça em casamento e ser a noiva mais bonita da cidade.




sábado, 26 de janeiro de 2008

Detido por violência doméstica

«Um homem, com 53 anos, foi detido esta quinta-feira por militares do Núcleo Mulher e Menor de Aveiro da GNR, em Oliveirinha, por suspeita de agressões à companheira.
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Segundo a GNR, «o caso andava a ser investigado desde o início de Dezembro, altura em que uma militar da Guarda se apercebeu que a senhora era vítima de maus-tratos por parte do marido.» 2008/01/25
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A violência continua, mas é preciso travá-la! É necessário que haja justiça para que possíveis situações futuras não aconteçam!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Quando o amor dá lugar ao pesadelo... (fim)

“Nada justifica a violência”

Numa altura em que o tema violência doméstica é mais abordado, manterem-se informadas é a palavra chave. “A opção e o admitir ou não a violência é sempre de cada mulher. Até onde elas aguentam é subjectivo e nós não somos ninguém para julgar. Têm é de estar informadas”, salienta Patrícia Faro. Acabar com mitos que acabam por “jogar” a favor do agressor, como o de se as mulheres saírem de casa e levarem os filhos perdem a guarda dos mesmos, é - admitem - fulcral nesta luta contra a violência doméstica.

Sair de casa e deixar tudo para trás não é uma decisão fácil, mas recomeçar também não o é menos. E há - frisam - que ter essa mensagem bem presente. “Muitas vezes as mulheres vêm com determinadas expectativas relativamente às instituições e depois há processos de re­­vi­- ti­mização nas próprias instituições, porque acham que vai ser tudo muito fácil e não é”, alertam.Que “nada justifica a violência” é, contudo, das principais mensagens a passar.

Mesmo com todos os constrangimentos, “há alternativas”. Basta procurar e dar “o primeiro passo”. Daí que seja este, aliás, o nome já escolhido para o futuro projecto da delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha - a criação de um Centro de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, que ajude a apostar na prevenção. “Porque temos de ter bem presente que a violência doméstica também se pode reproduzir. Um rapaz que assiste a uma relação de violência, por se identificar com o pai, pode vir, no futuro, a ser um agressor e uma rapariga pode vir a ser uma potencial vítima. Há que inverter este ciclo”, salientam. Pequeno, o filho da Manuela ainda não entende o que a mãe já passou. Mas esta tem já na cabeça uma série de “grandes conversas” a ter com ele, quando crescer. “Para que ele perceba que a violência só estraga as pessoas e que nada a justifica”, explica determinada. Enfrentar um novo relacionamento é algo que ainda não lhe passa pela cabeça. As marcas da agressão física já desapareceram. Mas as da humilhação, das agressões verbais, essas, ainda que não visíveis, continuam lá. “Não quero tão cedo um novo relacionamento. Agora tenho o meu filho e é só a ele que me quero dedicar”, garante.


Na Casa Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, Manuela encontrou, finalmente, a “paz”. Longe de tudo e de todos, espera-se, agora, que tanto ela, como todas as outras, tal como nos filmes... encontrem, finalmente, o seu “final feliz”...

Quando o amor dá lugar ao pesadelo... (parte IV)

"Várias faces de um mesmo crime"
......
Maria (nome fictício) está na casa há três meses e retrata bem as diferentes faces que pode assumir a violência doméstica. Abandonou um casamento de 14 anos, porque não aguentava mais. Falou mais alto o coração de mãe. Não sendo ela a vítima directa das agressões do marido, ainda hoje, deixa transparecer a amargura que sente uma mãe quando vê a filha a apanhar. “Ele não me batia a mim, mas à menina e é muito difícil para uma mãe assistir a isso”, explica.A primeira vez que assistiu às agressões, ficou dividida. “Pensei que nunca mais ia parar, mas, por outro lado, também queria acreditar que ele ia mudar”.
O álcool acaba, no entanto, por vencer e Maria não teve, então, mesmo outra solução. E, no dia em que o marido pega num fio de extensão e bate na filha, Maria diz basta.Há três meses longe de tudo, tem, hoje, a certeza de que fez realmente o que era melhor para si e, sobretudo, para os filhos: “É realmente muito difícil deixar tudo para trás, mas aconselho todas as mulheres que estejam a passar pelo mesmo e que amem os filhos a ganharem coragem e a fazerem tudo por eles, porque a única coisa que precisamos é ter saúde para lutarmos para lhes darmos o melhor”. Maria tem, agora, objectivos traçados e um prazo delineado: “Quero começar a tirar um curso, ou de Geriatria ou de auxiliar de educadora de infância, começar a trabalhar e ter a minha casa. E espero conseguir fazer tudo isto dentro de um ano”.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Quando o amor dá lugar ao pesadelo... (parte III)

"Deixar tudo para trás"
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«Quase sempre no limite da sua capacidade, a média da faixa etária das mulheres que passam pela casa abrigo situa-se entre os 30 e os 40 anos, a maior parte com o 4º ano de escolaridade. Chegam, na sua maioria, desprovidas, literalmente, de tudo. Não só porque, apesar de serem as vítimas, são elas que têm de deixar para trás toda uma vida, o meio onde tinham os amigos, a família, o emprego, mas porque, na grande parte dos casos, não têm sequer competências pessoais, sociais, parentais e profissionais.
“Algumas trazem, mesmo, psico-patologias acentuadas, nomeadamente quadros depressivos ou até distúrbios de personalidade”, assume o psicólogo José Pinto. À chegada é, por isso, feito, de imediato, um diagnóstico para avaliar se vêm em situação de crise ou não. Só depois é trabalhado em conjunto um plano de intervenção, adequado a cada caso e às necessidades e ob­jectivos de cada mulher, tendo a consciência de que a questão cultural é sempre aquela mais difícil de trabalhar e de mudar.Como qualquer casa, também esta tem regras de funcionamento a cumprir. Regras que conhecem logo quando chegam. “Explicamo-lhes que têm de fazer na mesma a higiene do quarto, da casa de banho, que têm de ser elas a tratar das suas roupas, que têm tarefas a cumprir e que são elas na mesma as responsáveis pelos filhos”, explica a educadora social, Nídia Monteiro. Isto, porque poucos são os casos - admitem - que chegam à casa com noções, inclusive, de gestão doméstica: “Não sabem, por exemplo, procurar os produtos mais adequados, a alimentação mais adequada”.
Ali, recomeçam, por isso mesmo, do zero. Vítimas de um isolamento imposto pelo agressor, têm, muitas vezes, até, de aprender a comunicar com os outros na própria casa: “Vê-se muito isso por exemplo na hora do jantar, quando se isolam e quase nem olham umas para as outras. A partir do momento em que são controladas a todos os níveis deixam realmente de saber conviver”. Muito importante é - frisam - não fazer juízos de valor. A vergonha ainda é um obstáculo difícil de ultrapassar para as mulheres vítimas deste que é já considerado um crime público e, por isso, não importa as vezes que a mulher já tentou sair de casa. “Se já saiu uma, ou duas, ou três vezes e regressou a casa não importa.
Não têm de ter vergonha, porque a decisão de sair de casa e de abandonar um marido ou um companheiro agressor não é realmente fácil”. Uma situação que Manuela conhece bem... "Em duas horas saiu de casa, mas a ideia de voltar leva-a a procurar o companheiro, no Natal de 2006. A “gota de água” num copo que acabou, assim, por transbordar de vez. Estive com ele unicamente dois dias, mas foi o suficiente para ver que me tinha enganado ao voltar. Não me bateu, mas maltratou-me muito verbalmente e foi aí que entendi que as coisas não tinham mais volta”, recorda Manuela.Na casa abrigo teve o seu filho e está a aprender a voltar a viver. Mesmo com a consciência de que recomeçar não é realmente um processo muito fácil: “Tive de encarar a realidade e contar às pessoas o que se estava a passar e que, afinal, não acontece só ao vizinho do lado”.»

Quando o amor dá lugar ao pesadelo... (parte II)

“Acreditava que ele ia mudar”
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«Lembra-se bem do primeiro empurrão e da primeira estalada. Lembra-se bem do aparente motivo por parte do seu compa­nheiro: “Tínha­mos estado num café e a dada altura um amigo dele começou a falar comigo. Por causa disso, quando chegamos a casa, começou a chamar-me nomes e foi quando me bateu pela primeira vez”.
O que não consegue descrever é o que sentiu nessa altura. A esse primeiro empurrão seguiram-se agressões mais violentas e humilhações verbais que a magoaram “ainda mais do que qualquer estalada”. E nem a gravidez fez parar a violência. “Ba­tia-me na mesma, mesmo quando estava grávida”, assume, com o olhar cabis­baixo, enquanto recorda as vezes que ain­­­da pensou em procurar a polícia. “Eu pensava, mas na hora H arrependia-me”.Isolada dos amigos e da família, vivia com medo. Qualquer motivo era, afinal, motivo para ser agredida: “No início, quando não tinha andado na rua e ninguém tinha ido lá a casa ficava mais descansada, porque ele não tinha motivos para me bater. Mas, depois, passado algum tempo, já nem isso era impedimento. Batia-me por coisas passadas, porque no outro dia tinha feito isto ou aquilo”. Cinco meses de inferno fizeram-na, então, tomar a decisão que tanto queria adiar, sobretudo porque acreditava que era apenas uma situação passageira. “Acreditava que ele ia mudar”, confessa, com o medo que aprendeu a ter de julgamentos.
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A gravidez ajuda também a adiar a saída de casa. “Quando estamos grávidas ou quando temos filhos pequenos pensamos mais pela cabeça deles, pela falta do pai e temos a esperança de que com eles tudo seja diferente”, explica, enquanto ganha coragem para fazer a afirmação mais difícil: “Por vezes também continuamos a gostar deles. Não se percebe, eu sei, eu própria não percebo, mas o que é certo é que mesmo depois daquelas pancadas todas eu ainda gostei dele durante muito tempo”.Uma assistente social dá-lhe, no entanto, um prazo de duas horas para decidir se queria ou não ser ajudada. E foi aí, em duas horas, que a sua vida começou a mudar. Manuela saiu de casa... Ainda que com a ideia de voltar. “Encarei a saída mais como um castigo que lhe poderia dar”...»

Quando o amor dá lugar ao pesadelo... (parte I)

Em 2006, de um total de 15.758 crimes registados pela APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), cerca de 86 por cento foram crimes de violência doméstica. As vítimas, essas, eram essencialmente mulheres (90,6 por cento) e os autores do crime, maioritariamente homens (90,3 por cento). As mulheres casadas representavam mais de 50 por cento do total das vítimas.
“Tudo começou quando me juntei ao meu namorado, depois de cerca de seis meses de namoro”. Manuela (nome fictício) inicia, assim, o relato de um passado que ainda está bem presente e que tão cedo não acredita vir a esquecer. “Durante o namoro, ele tinha um comportamento normal, era uma pessoa impecável e muito carinhoso”, lembra. Manuela tinha, na altura, 20 anos e estava prestes a viver um dos piores pesadelos da sua vida: “De um momento para o outro, começou a ter uns ciúmes doentios e eu não podia sequer andar na rua com a cabeça levantada, porque senão era porque estava a olhar para alguém”. O primeiro empurrão atirou-a ao chão e marcou o início de uma vida de medos e humilhações...
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“Recomeçar” a vida

«Aceita falar connosco, mas, ainda assustada, escolhe o anonimato e toma todas as precauções que o medo a obrigou a aprender a ter. Hoje, Manuela tem 21 anos e está na Casa Abrigo “Recomeçar” há cerca de um ano e meio. Destinada ao acolhimento temporário de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, acompanhadas ou não dos seus filhos menores, a casa abrigo da delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha abre as portas em Outubro de 2005 e é o porto de abrigo de muitas mulheres que ali encontram a solução de fim de linha para um problema que, sozinhas, não têm forças para solucionar. Mulheres que não são, salvo algumas excepções, do concelho de Matosinhos - por uma questão de segurança - mas que aqui encontram a paz e a tranquilidade que a maior parte das vezes nunca tiveram e que as ajuda a levantar a cabeça e a “recomeçar” a vida.
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Desejo antigo da Direcção da delegação, a casa nasce, finalmente, com a cedência do terreno por parte da Câmara de Matosinhos, a candidatura ao FEDER aprovada e um acordo atípico realizado com a Segurança Social. Estrutura de acolhimento temporário, com capacidade para 25 utentes, recebe mulheres encaminhadas por centros e núcleos de atendimento a vítimas previstos na lei, que chegam com um diagnóstico técnico feito, e pressupõe critérios de admissão bem definidos. “Desde logo, temos de ter uma mulher vítima de violência doméstica exercida de forma reiterada. Não é que um episódio pontual não possa ser acolhido, mas o problema é que, muito provavelmente, essa mulher ainda não está determinada em quebrar o ciclo de violência”.
Seis meses é o prazo estabelecido na lei para este acolhimento temporário. Prazo que pode, no entanto, ser prorrogado por iguais períodos, desde que isso não seja imputado à mulher: “São situações em que não foi possível, em tempo útil, concretizar as metas que foram traçadas para aquela mulher, não por culpa dela, mas por razões externas a ela”.
Manuela está na casa há cerca de um ano e meio e é, por isso, um desses casos. Chegou grávida de cinco meses e desta tem feito, desde então, o seu lar. Aqui encontrou a paz que há muito não sabia mais o que era.»

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Lei sem Código"


Hoje, dia 14 de Janeiro de 2008, irá ser exibida na sequência do Jornal Nacional da TVI, uma reportagem acerca do tema "maus-tratos", cujo título é: "Lei Sem Código".


Esta reportagem será transmitida na tentativa de tentar melhorar a situação do país, relativamente à justiça portuguesa para com os agressores e vítimas.

Não percam!!



"Não faças da violência o teu modo de vida!"