quarta-feira, 30 de abril de 2008

Violência nos idosos...

Estudos recentes revelam que o fenómeno da violência contra as pessoas idosas está a aumentar em Portugal. Num primeiro plano, esta problemática relaciona-se com a condição do idoso na sociedade actual. Nas sociedades contemporâneas há uma certa desvalorização da experiência e sabedoria dos mais velhos como reflexo de uma crescente perda da tradição e dos valores morais.
O estatuto social do idoso está fragilizado e os estigmas sobre a velhice ameaçam transformar o idoso num ser descartável. O próprio idoso, por pressão do estigma, sente-se muitas vezes ultrapassado, acha que já teve a sua época e que agora não serve para mais nada. A negação social do direito à existência é uma das mais graves formas de violência e é perpetrada pelo próprio idoso em relação a si mesmo e pela sociedade.
Quando se fala em violência contra o idoso muitas pessoas pensam logo em espancamentos, torturas, privações e aprisionamento (que infelizmente são comuns), mas para além destas existem muitas outras situações de violência que são complexas, de difícil diagnóstico e prevenção.
Os agressores mais frequentes dos idosos são os seus cuidadores, muitas vezes, familiares próximos. Na grande maioria dos casos o agressor é o companheiro(a) ou os seus próprios filhos.
São variadíssimas as formas de violência a que o idoso dependente está sujeito: maus tratos e abusos físicos, maus tratos psicológicos, negligência por abandono, negligência medicamentosa ou de cuidados de saúde, abuso sexual, abuso material e financeiro, privação e violação de direitos humanos.

Bullying NÃO...

Bem longe do Mundo
Um pensamento me afrontou
Luto só contra ele
Longe de todos aqueles
"Young people desperate"
Imaginando que mais...
Ninguém me socorria
Gritei aos ventos e...
Ninguém me ouvia!!
Amanhã não estarei cá
O desespero me agonia.


(Pensa que no fundo do tunel obscuro existe sempre a luz dos teus olhos para te guiar na escuridão desconhecida.)

domingo, 20 de abril de 2008

O que é o "Carjacking"?

O roubo de carros na estrada com ameaça de armas de fogo, o "carjacking", nasceu nos Estados Unidos – e, há cerca de dez anos, a moda começou a pegar em Portugal. Em 2004, a Polícia Judiciária registou na Grande Lisboa 178 crimes deste género.
O "carjacking" não é um simples roubo de um carro. O crime pressupõe que o assaltante permaneça na posse do automóvel durante algum tempo. Assim, as estatísticas da PJ referentes a este crime afastam logo todos os casos em que os carros são usados, apenas, para obrigar a vítima a fazer um levantamento de uma caixa de multibanco, por exemplo. Nas estatísticas entram todos os casos de roubos violentos de carros, em que o assaltante usa o automóvel para proveito próprio. Nos casos mais comuns, os assaltantes aproveitam o momento em que os condutores estão parados nos semáforos – ou, então, no momento em que estacionam ou manobram os carros. Os crimes são sempre cometidos por dois ou três assaltantes que utilizam um carro de apoio para fugirem “caso os planos corram mal”.
“Normalmente, estes assaltantes juntam-se em grupos regeneráveis para fazer as chamadas razias. Vão buscar armas, que guardam longe das suas habitações, roubam um carro, depois um posto de combustível, depois outro carro. Tudo numa noite”, disse. O motivo é só um: a adrenalina, “o sentimento de posse”.
“Num local isolado, aponta a arma ao proprietário e obriga-o a abandonar a viatura”, diz. Depois é só mudar a matrícula e esperar pela próxima inspecção – o único local onde se confirma se a matrícula pertence ou não ao automóvel.
JOVENS EXTREMAMENTE VIOLENTOS
O crime de "carjacking" é normalmente praticado com extrema violência e os assaltantes correspondem a um perfil traçado pelas autoridades. São jovens, actuam em grupos pequenos, utilizam armas de fogo, procuram mulheres e evitam carros com mudanças automáticas. Têm habitualmente entre os 20 e os 25 anos, não são toxicodependentes e partilham a cultura suburbana dos bairros problemáticos onde vivem, nas grandes cidades. Violentos por natureza, não têm problemas em abrir fogo contra a vítima, se esta ousar resistir.Normalmente, actuam em grupos de dois ou três elementos, facilmente substituídos por novos recrutas sempre que alguns são detidos. Numa noite, chegam a atacar vários condutores – e, para tal, fazem-se acompanhar de pistolas de calibre 6,35 mm, ou caçadeiras de canos serrados. Procuram carros com um único ocupante, de preferência mulheres ou idosos, e preferem veículos com mudanças manuais – aquelas a que estão mais habituados.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Violência nas escolas...

"Pelo menos 10 alunos por dia foram vítimas de um crime em meio escolar, no ano lectivo passado. A grande maioria são rapazes e têm menos de 15 anos. Do outro lado dos delitos estão os «criminosos» em número ligeiramente inferior. Também eles são, em grande maioria, rapazes com menos de 15 anos. Adolescentes que praticam ou sofrem furtos, roubos e agressões, os crimes mais comuns nas escolas.

Os dados da PSP relativamente ao programa Escola Segura, ano lectivo 2006/2007, revelam que os crimes de furto têm um peso 32 por cento, no total das ocorrências registadas, as agressões representam 24 por cento da criminalidade participada e os roubos 14 por cento.
Ou seja, se tivermos em conta que no ano lectivo 2006/2007 teve cerca de 200 dias de aulas, denotamos durante os períodos escolares há registo de pelos menos cinco furtos nas escolas (927 casos, mais 17 por cento), dois roubos (415 ocorrências, menos 27 por cento) e três casos de agressões (710 registos, mais oito por cento), segundo as estatísticas da PSP. No total, 2007 alunos foram vítimas de crimes e 1888 jovens foram classificados como suspeitos de delitos.

Os alunos são as grandes vítimas e protagonistas da violência escolar, no entanto, esta também chega aos professores, como foi visionado no vídeo registado na escola Carolina Michaelis. No ano passado, 281 professores e 153 funcionários foram vítimas de crimes em meio escolar."

terça-feira, 1 de abril de 2008

Escola – Fonte de Conhecimento ou Campo de Batalha?

A escola devia ser uma fonte de conhecimento, um local de aprendizagem importantíssimo no futuro da nossa sociedade, já que os jovens de agora serão os adultos do futuro!
Ultimamente, as notícias divulgadas na comunicação social têm-nos mostrado o “lado negro” das escolas. Estarão as escolas a transformar-se num “campo de batalha”?

O famoso “caso do telemóvel” serviu para lançar o debate sobre os casos de violência que ocorrem nas escolas, pareciam estar esquecidos. Quando pensamos em violência nas escolas temos tendência a associar a situações de violência entre alunos, contudo, depois de casos como estes, podemos e devemos alargar este conceito.
Inúmeros professores são sujeitos a agressões físicas e verbais, sem que a autoridade que lhes é concedida, dentro da sala de aula, seja suficiente para o impedir.
A sala de aula deve ser um local de aprendizagem, sendo para isso essencial uma relação de mútuo respeito entre aluno e professor. Quando esta relação é quebrada é muito fácil culpar o aluno, mas será ele o verdadeiro culpado?

Para a maior parte das pessoas que tomam conhecimento de notícias sobre a violência nas escolas o mais fácil é dizer: "a juventude está perdida e não tem emenda”. Este é um discurso muito antigo e muito conveniente para quem não quer sequer pensar na origem desta violência.

Antes de culpar quem quer que seja, temos de pensar que as atitudes dos adolescentes são puros reflexos da educação que recebem. Assim sendo, para acabar com esta realidade não basta o esforço das escolas, é também necessário que todas as famílias se empenhem. Talvez a cooperação seja a fórmula de sucesso de uma melhor educação para os nossos jovens e consequentemente para uma melhor sociedade: uma SOCIEDADE MENOS VIOLENTA!