sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Existe uma Conexão entre Crueldade contra Animais e Violência Humana?

"Quase um quarto de todos os casos de crueldade contra animais proposital, envolve alguma forma de violência familiar. Violência doméstica foi a forma mais reportada, seguida por abusos contra crianças e pessoas idosas.21% dos casos de crueldade contra animais intencional também envolvem alguma forma de violência familiar.13% envolvem violência doméstica. Nesses caso, o culpado abusa do parceiro, forçando a vítima a testemunhar atos de crueldade contra animais.7% diz respeito a abusos contra criancas. Nesses caso o culpado abusa de suas crianças e (ou) força a vítima a testemunhar actos de crueldade contra animais.1% envolve abuso de idosos. Nesses casos, o culpado abusa do idoso e ou força a vítima a testemunhar actos de crueldade contra animais.

Quem são as vitimas?
Animais de companhia são os alvos mais frequentes de crueldade, principalmente os cães ( 76% de todos os animais de companhia) que são comumente mais relatados que casos de crueldade contra gatos (19% de todos os animais de estimação). Esse número baixo de incidências, não corresponde ao que dizem os que trabalham na causa e isso sugere que o público, a mídia e os reforços das Leis, parecem dar menos importância para casos de crueldade contra gatos, que para casos que envolvem crueldade contra cães.
O que se segue é uma análise dos animais vítimas de crueldade neste estudo: 76% dos casos envolvem animais de companhia.12% dos casos envolvem animais de fazendas.7% dos casos envolvem animais selvagens.5% dos casos envolvem múltiplos tipos de animais.


Que tipo de crueldade é cometida contra animais?
Mais de 57% dos casos revistos foram caracterizados como abuso intencional ou tortura, 31% envolvem negligência extrema, incluindo deixar o animal passar fome e sem cuidados b·sicos, e 12% envolvem ambos, negligência e crueldade direta.
Nos casos de crueldade contra animais intencional, as ofensas mais comuns são tiros, espancamento, arremesso do animal e (ou) mutilação.
33% dos caso envolvem tiros14% dos casos envolvem espancamento8% dos casos envolvem arremesso do animal8% dos casos envolvem mutilação6% dos casos envolvem queimaduras6% dos casos envolvem envenenamento5% dos casos envolvem facadas4% dos casos envolvem rinhas4% dos casos envolvem chutes2% dos casos envolvem sexual abuso contra animais2% dos casos envolvem afogamento2% dos casos envolvem enforcamento6% dos casos envolvem outras formas de violência intencional


Quantos animais são afectados?
Fica impossível dizer quantos animais sofrem ou estão em risco de serem vítimas de crueldade, porque no momento não há no País um sistema de reforço de leis ou mesmo entidades pra monitorar todos os casos. Entretanto, no exemplo dos casos revistos nessa pesquisa, uma média de 3.4 animais foram vitimizados em casos de negligência.NA maioria (63%) os animais foram mortos ou tiveram que ser sacrificados devido ao resultado de seus ferimentos.
O relatório da HSUS corrobora com a mais recente pesquisa sobre a conexão entre crueldade contra animais e violência humana.
Apesar de ser este o primeiro estudo nacional para analisar a prevalência de violência humana em casos de crueldade contra animais, nas últimas duas décadas psicólogos, sociólogos e criminilogistas têm conduzido diversos estudos para examinar a extensão de casos de cruedade contra animais em casos de violência em família. Interesse antigo na conexão entre crueldade contra animais e violência humana foi inspirado por casos contados pelo povo, compilados pelo FBI e outras agências criminalistas ligando assassinos seriais, estupradores seriais e assassinos estupradores a atos de crueldade contra animais antes da idade de 25 anos. Muitos desses casos, incluindo reportagem onde houve alegação de maus tratos a animais por David Berkowitz e Jeffrey Dahmer, têm sido amplamente divulgados pela mídia e trazido conscientização do público sobre a conexão entre violência humana e violência contra animais. Entretanto, recentes estudos e pesquisas constatando a incidência de crueldade contra animais onde h· casos de violência familiar, nos provê com evidências mais concretas.
Em 1995 pesquisadores entrevistaram uma pequena amostra de vítimas de violência doméstica que procuravam abrigo em Utah e descobriram que 71 % das que tinham animais de estimação receberam ameaças de seus agressores maltratarem ou matarem os animais da família. Estudos mais completos em 1997 e 2000, nos EUA e Canada, corroboraram essas descobertas e examinaram o efeito que essas ameaças têm no sentido de evitar que a vítima saia dessa relação familiar abusiva. Pesquisas relacionadas a esses estudos revelam que mais de 20% das vítimas de violência doméstica afirmam terem adiado sair de uma relação afetiva abusiva, temendo a segurança dos animais de estimação. Em resposta a essa constatação, associações de bem estar animal começaram a fazer parcerias com as agências que atendem casos de violência doméstica, no sentido de desenvolver programas que propiciam abrigo emergencial tempor·rio para os animais de estimação de vítimas de violência doméstica."

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dia Europeu da Vítima do Crime

«A vantagem dos “dias de“ é que ao menos nesse dia se fala do assunto em questão… Porque de resto como há um dia de qualquer coisa todos os dias do ano já se liga pouco a isso, e tirando o Dia do Trabalhador ou o Dia da Mãe, a maioria dos outros são “invenções modernas”. Mas terá alguma importância de vez em quando parar-se para se pensar em determinados assuntos.

Hoje, o tema de reflexão será a vítima de um crime e reconhece-se o que já se sabia, a Violência Doméstica é onde se encontram mais crimes. O que é lamentável, apesar de também se “saber”, é a falta de confiança que estas vítimas têm em quem tinha a obrigação de as proteger. A APAV afirma que seis em cada dez pessoas que no ano passado lhe pediram ajuda, acabaram por não avançar com uma queixa na polícia. Ora isto refere-se a pessoas que, apesar de tudo, se dirigiram à APAV, ou seja que conseguiram ir desabafar com alguém de fora e estranho. Para se avaliar o iceberg, devemos pensar em todas as pessoas que foram, sofridamente, aceitando a sua situação sem sequer ter coragem de se ir queixar a uma associação.

O problema é ainda muito grave.O que leva uma pessoa a agredir, quer física quer psicologicamente, os que lhe estão mais próximos e que deveria amar? Ou, no caso do os deixar de amar, então porque não se vai embora? A velha ideia da relação amor-ódio pode existir certamente mas é patológica, não devia ser aceite como inevitável, é caso para tratamento…»
Emiéle

Não direi que hoje se comemora este acontecimento. Prefiro dizer que se dedica o dia de hoje a reflectir sobre este assunto.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Quando o "melhor amigo" é abandonado

Primeiro nasce, mas mesmo antes de acontecer já todos estão eufóricos com a chegada de mais um "coisinha fofinha". Depois separam-no da mãe, "Já é suficientemente grande para sobreviver sozinho", pensam.
Contudo, espera ansioso que a nova família goste dele e o trate bem, tal como a sua mãe. Na verdade é isto que acontece. Ele brinca com as crianças, as quais gosta de pensar que são os seus "irmãozinhos", sim porque não teve tempo de conhecer os seus verdadeios irmãos!
Batem-lhe quando faz as necessidades dentro de casa, porque já não aguenta mais e também porque nunca lhe ensinaram que não o devia fazer, no entanto continua a sentir o calor de ter um lar, de se sentir protegido e seguro. Sente-se feliz. Pensa que faz tudo direitinho e por isso vão sempre gostar dele.
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Mas ele cresce. Cresce mais rápido do que a sua "família" poderia pensar e é aí que as coisas mudam de aspecto. Acorrentam-no. Agora quase não se pode movimentar, mal consegue procurar um raio de sol ou abrigar-se à sombra quando o calor é muito. Dizem-lhe que é um ingrato e que vão estar de olho nele. Não entende o que está a acontecer.
Já nada é como dantes, sente-se só e que a "família" já não o quer. Esquecem-se de lhe dar de comer e beber e quando chove não tem onde se abrigar.
Mais tarde, cansados abandonam-no. Sente-se angustiado e continua a não perceber o que se está a passar.
Contudo não desiste, tenta encontrar o caminho para casa mas não encontra. Sente-se perdido.
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Agora vagueia pelas ruas. As pessoas olham-no com tristeza e por vezes dão-lhe algo para comer. Na verdade o que ele queria era que o adoptassem, mas apenas murmuram "Deve ter-se perdido, coitadinho" ou então "Não te aproximes dele".
Quando vê crianças lembra-se dos seus "irmãozinhos", da sua família adoptiva... Mas estes atiram-lhe pedras, gozam-no...
As coisas mudaram. Quando era bonito as pessoas tinham compaixão por ele; agora que está fraco e o seu aspecto mudou, as pessoas desprezam-no.
Quase não se mexe. Foi atropelado, a dor é terrível, praticamente insupurtável. Há 10 dias que não come nem bebe, anda à chuva e ao frio; já quase não vive, apenas sobrevive.
No entanto alguém amigo e com coração pega nele e procura tratá-lo, mas não há nada a fazer "É melhor que pare de sofrer. Cheguei tarde demais."

Mas mesmo antes de morrer pensa: Porque nasci, se ninguém me queria?

É importante abrir as consciências e acabar com os maus tratos nos animais, nomeadamente com o abandono de cães e gatos. Não abonone o seu "melhor amigo" porque se ele é para si um bom amigo, acredite que para ele você é muito mais.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

As causas da violência...

"Não nos iludamos. As raízes da violência não se podem explicar unicamente por causas de tipo circunstancial. A questão é muito mais profunda.
Uma das maiores dificuldades na tarefa de combater a violência no mundo é interpretá-la mal, pelo menos no que toca às suas causas profundas.

Não há paz sem justiça. Este é um mote do qual um número crescente de pessoas no mundo vai tomando consciência. É verdade que "casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Um país onde os contrastes sociais sejam chocantes, onde as oportunidades sejam desiguais, onde os governantes não tenham qualquer espécie de sensibilidade social, onde a corrupção grassa desde baixo até ao topo da hierarquia social, tem todas as condições para se tornar num barril de pólvora.

Mas esta interpretação, só por si, é muito curta para nos ajudar a compreender as causas da violência em que o mundo está mergulhado.

Já existe em Portugal um verdadeiro problema de violência doméstica mesmo nos escalões sociais mais elevados, só que fica abafado e a maior parte das vezes não chega ao conhecimento público.

Ora aqui não se trata de falta de emprego, de dificuldades financeiras ou de racismo, de incapacidade em satisfazer as necessidades básicas, ou de falta de condições para um modo de vida minimamente digno, antes pelo contrário.

A verdade é que o problema da violência, antes de se tornar uma questão social é uma questão intrínseca ao indivíduo. As razões de ordem emocional, mental, psicológica e até espiritual vêm antes do social e até o condicionam de certa forma.

As guerras e conflitos armados, a violência na família, nas escolas ou nas ruas, antes de se poder interpretar como uma espécie de catarse do indivíduo face aos problemas da sobrevivência e da luta pela dignidade humana, e à sensação de se ser alvo de injustiça, é acima de tudo uma manifestação da pessoa desajustada, tanto do ponto de vista psicológico como espiritual.
"

Brissos Lino

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"O Casal do Ano"

"O Casal do Ano" conta a história secreta de um casal famoso que, por detrás da sua vida "perfeita" de capas de revista, esconde uma doentia relação de violência doméstica. Quando o irmão do marido abusador, que nutre uma paixão secreta pela cunhada, se apercebe da negra realidade e decide tentar fazer alguma coisa, vai descobrir o significado da expressão "entre marido e mulher não se mete a colher".
Pedro e Susana são eleitos "o casal do ano" por uma revista cor-de-rosa. Ele é um cirurgião plástico célebre e ela dedica-se a causas de caridade. Quando ficam sozinhos, Pedro agarra a mulher violentamente pelos cabelos e fecha-a numa divisão vazia da cave onde Susana permanece toda a noite.
Francisco, irmão de Pedro, regressa a Portugal de um mestrado nos EUA. Enquanto Francisco está por perto, Pedro tem de fazer um esforço para manter a fachada de marido dedicado e bom irmão, mas subtilmente vai fazendo tudo para arranjar trabalho e casa para ele sair dali.
Francisco nutre uma antiga paixão secreta por Susana. Aos poucos, Francisco começa a aperceber-se da violência doméstica que Susana anos e decide intervir, revelando o amor que sente por ela.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O nosso vídeo...

Este é o vídeo que nos permite descrever o nosso projecto, sensibilizando a comunidade para a importância de matermos a nossa dignidade.
Que possamos viver em plena harmonia connosco mesmos e com os que nos rodeiam!